Azhart & Cia

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Curitiba, PR, Brazil
Sou Bailarina, Professora e Coreógrafa de Danças Árabes, DRT: 23023 Contatos: (41)8515-6226 Email: leareis@live.com

domingo, 3 de abril de 2011


Quando se fala na dança do ventre...

Dança do Ventre!!!

Quando se fala em Dança do Ventre, logo pensamos em uma bela mulher, com trajes luxuosos, desenvolvendo movimentos sensuais. Mas esta atividade milenar é muito mais que isso. Os registros não informam ao certo quando e onde surgiu a Dança do Ventre. A afirmação mais concreta é de que teria surgido em rituais de oração ou agradecimento aos deuses pela fertilidade, numa época em que a única função da mulher era procriar.
Mas vamos falar da Dança do Ventre no século 21, no Brasil. É uma atividade física que pode ser executada por mulheres de todas as idades, de qualquer tipo físico, independente de religião ou estado civil. Não é preciso ter longos cabelos, nem corpo escultural, nem preparo físico de atleta. Basta ser mulher!
Os movimentos executados na Dança do Ventre são naturalmente femininos. Assim, mesmo as mulheres que acreditam que não sabem dançar (os ritmos tradicionais do ocidente), são capazes de desenvolver os movimentos básicos da Dança do Ventre. As mãos parecem plumas, os braços imitam serpentes, o ventre lembra os movimentos do camelo, os quadris se movem naturalmente como em qualquer movimento da mulher. Basta executar todos, alternadamente, ou ao mesmo tempo, ao som de flautas, alaúdes, derbaks, ou mesmo instrumentos ocidentais como a guitarra, e se tem o espetáculo da Dança do Ventre.
Se você, mulher, procura uma atividade física, fugir do estresse, da ociosidade e fazer novas amigas, a dança do ventre é uma ótima opção. Atividade física de baixo impacto, fortalece os músculos das pernas, braços e costas, dá flexibilidade, agilidade e queima calorias. E aquela estória de que “cria barriga” é pura lenda. Nenhuma atividade física tem o poder de formar gordura corporal.
A prática da dança do ventre faz a mulher se sentir mais feminina, e o fato de se ver na condição de dançarina a deixa mais autoconfiante. E compartilhar essas sensações com outras mulheres faz com sejamos mais tolerantes e menos exigentes com a ditadura da beleza, da magreza, de corpos esculturais e outras bobagens que a dançarina do ventre, simplesmente, passa a ignorar. Os cuidados com o corpo passam a ser mais pela saúde e pelo bem estar, e não pela moda ou pelos padrões estéticos. Mas não se pode confundir! A Dança do Ventre é sensual, não erótica. E vai além. Não há apenas aquela dança da bela mulher de roupas ricamente bordadas. Existem vários estilos e ritmos que celebram a alegria, a religiosidade, a vida em família, a amizade, e tudo o que os povos árabes mais prezam.
Há ritmos dançados em público por grupo de mulheres, há ritmos que são apresentados em festas, há outros que representam povos de determinada região. Além das roupas bordadas e a barriga de fora, existem outros trajes, mais simples ou mais elaborados, específicos para cada ritmo ou estilo de dança. E conhecer todos eles é um grande avanço para a cultura pessoal.
Ficou curiosa? Venha conhecer um pouco mais da Dança do Ventre!